Crítica | A Vingança da Cinderela
Todos nós já conhecemos essa história, principalmente através do filme de contos de fadas apresentado pelo Mickey Mouse. Com o tempo crescemos e descobrimos que a maioria dessas histórias contadas na Disney tem uma origem bem mais macabra e seus finais não são tão agradáveis e felizes, pois são adaptações de contos de terror.
No dia 05 de Setembro chega aos cinemas brasileiros o filme A Vingança da Cinderela, distribuído pela A2 Filmes, com de Andy Edwards e roteiro de Tom Jolliffe.
A primeira dica nessa crítica é reforçar que o filme tem classificação indicativa de 18 anos, ou seja, não leve as crianças para o cinema achando que vai ver passarinho cantando.
O longa tem como objetivo recontar essa a história da Cinderela (interpretado por Lauren Staerck), flutuando entre em duas categorias bem interessantes: Fantasia e Terror.
No primeiro e segundo atos, somos apresentados ao lado fantástico do conto. As construções modernas do cenário misturado ao figurino confuso deixam uma certa dúvida sobre em que época a história está sendo contada. Apesar disso e do visível baixo orçamento, inicialmente o filme se mantém interessante por conta de seus diálogos divertidos e inteligentes, incluindo “participações especiais” que brincam um pouco com a questão da utilização da mágica para Cinderela ter seus desejos atendidos pela fada madrinha (interpretada por Natasha Henstridge), isso acaba compensando temporariamente os fracos efeitos visuais.
Contudo, no último ato, ao entrarmos em contato com seu lado de fato aterrorizante, o filme tenta apresentar a tão aguardada vingança através de um slasher que infelizmente não consegue sustentar, principalmente pelo fator previsibilidade. As cenas de perseguição e até as mortes explícitas não agradam, principalmente pelo posicionamento de câmera confusa.
Assista o trailer:
Carioca, balzaquiana, patinadora não praticante e sommelier freestyle de café. Cinéfila sem carteirinha, apaixonada por filmes dos anos 90.