Crítica | Guardiões da Galáxia Vol. 3

Crítico ferrenho da comodidade em que a Marvel estava e está tendo em fazer o seu feijão com arroz, Guardiões da Galáxia 3 inicialmente segue a simples e cômoda receita que a Marvel Studios sempre usa, entretanto, o chefe de cozinha James Gunn (que fará falta ao MCU, graças a Deus ele foi para a DC!) consegue surpreender ao colocar alguns temperos bastante saborosos que trazem empolgação em cada cena saboreada.

Guardiões da Galáxia Vol. 3 surpreende ao passar um mix de sensações nos quais eu não tinha sentido nos últimos filmes da Marvel (desde Ultimato) e termina com uma pequena lágrima de felicidade ao ter finalizado um prato saboroso que te deu risadas, choros e o mais importante, demonstrou que você pode e deve se importar com alguém que no futuro irá se tornar seu amigo, ou mais que isso, sua família.

Deixando a melancolia de lado, o novo filme da franquia acompanha Rocket Racoon (Bradley Cooper), explorando sua jornada enquanto ele confronta sua história trágica não contada, que é mostrada pela primeira vez em uma série de flashbacks ao longo do filme. filme.

Os flashbacks mostram sua criação como uma criatura artificial usada apenas para experimentação pelo vilão do filme: o Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji), uma poderosa entidade cósmica que se esforça para criar uma sociedade perfeita. Embora os objetivos do Alto Evolucionário pareçam altruístas, ele é na verdade um antagonista cruel, bárbaro e iludido que não é o melhor vilão do MCU, mas facilmente o mais perverso e odioso. Iwuji habilmente retrata o quão patético e indigno de simpatia ele é, acrescentando uma teatralidade aos seus momentos de insanidade. Ele muda de calmo e controlado para assustador e comandante sem aviso, constantemente cometendo atos desprezíveis. O tratamento que Rocket sofre nesses flashbacks é angustiante, tornando o filme mais maduro do MCU, pois a escuridão das sequências de flashback é contrastada por momentos de ternura que mostram o vínculo de Rocket com outros personagens animais que encontram amizade um no outro, apesar de seu tormento pelo Alto Evolucionário. As origens de Rocket são finalmente reveladas após anos de prenúncio, e as nuances e profundidade que isso lhe dá o tornam um dos personagens mais atraentes do MCU.

Diferente da franquia Velozes e Furiosos que o lema família é usado para tudo, na franquia Guardiões da Galáxia o enredo envolvendo família é bem melhor trabalhado e fecha um arco de forma bem mais entusiasmada com todos os membros da equipe, pois os personagens frequentemente tomam decisões abruptas e desmotivadas apenas para levá-los aonde precisam ir para que a história continue. Para evitar que o filme se torne excessivamente sombrio, James Gunn deixa algumas cenas com muitas piadas, uma tendência que foi estabelecida no MCU em parte pelos “Guardiões da Galáxia” originais. No
entanto, não é incomum o humor minar a seriedade das cenas e felizmente essas mudanças tonais são bem executadas neste filme, não deixando ele extremamente bobalhão e tendo uma execução incrível, tornando a maior conquista da produção em criar um filme de despedida satisfatório para alguns dos personagens mais improváveis ​​e influentes atualmente.

No geral, Guardiões da Galáxia Vol. 3 conta uma história bem feita e genuinamente impactante e significativa para os blockbusters atuais, o tom de despedida e amadurecimento reforça uma trajetória que trabalha com um mix de sensações e tudo isso devemos agradecer ao diretor James Gunn por ter criado uma boa trilogia e espero que ele nos surpreenda com o maior herói de todos, o Superman..

 
Trailer:
 
 
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NOTA: 8/10

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