Não é exagero dizer que Call of Duty: Modern Warfare (2019) resgatou a franquia. Após o muito amado Call of Duty: Black Ops II, a franquia que é chamada carinhosamente de COD acabou perdendo seu caminho, com a Activision e seus três desenvolvedores lutando para encontrar um caminho coeso a seguir, pois Call of Duty: Modern Warfare (2019) mudou isso ao reiniciar a série clássica e entregar um modo multiplayer baseado nos sistemas revolucionários de seus antecessores, com o jogo reengajando o público e trazendo muitos novos jogadores para se viciarem nos jogos da franquia.
Agora com Call of Duty: Modern Warfare II, uma sequência em formato de reboot tem muito para preencher, pois o jogo original Call of Duty: Modern Warfare 2 de 2009 não foi apenas um título revolucionário por si só, mas ele continua sendo o mais importante para muitos jogadores.

O reboot Call of Duty: Modern Warfare II começa três anos
após os eventos de seu antecessor. Após o assassinato bem-sucedido de um
general iraniano apoiado pela Rússia, a Força-Tarefa 141 descobre que vários
mísseis balísticos fabricados nos EUA caíram nas mãos de terroristas. O que se
segue é uma corrida louca pelo mundo em busca dessas armas mortais antes que
seja tarde demais. Call of Duty: Modern Warfare (2019) teceu com sucesso uma
teia de intrigas repleta de grandes momentos de história e personagens. Mais
importante ainda, conseguiu escapar da sombra de Call of Duty 4: Modern Warfare
ao contar sua própria história enquanto emprestava vários personagens. Call of
Duty: Modern Warfare II no entanto, não tem tanta sorte e parece desajeitado,
cheio de artifícios e de decisões ruins.

O que realmente prejudica a história e os personagens é
quanto tempo ele passa na sombra do jogo de 2009, pois numerosas reviravoltas
na história são replicadas a partir do título do jogo original, roubando esta
história de qualquer tensão. O enredo também se esforça para deixar de lado os
melhores personagens de 2019, como Farah e Alex, por novas versões desinteressantes
de Soap e Ghost. Até os pobres Capitão Price e Gaz se sentem subutilizados e isso
não quer dizer que a campanha não tenha seus momentos, pois as cenas lindamente
renderizadas são uma maravilha de se ver, mesmo que a história que estão transmitindo
não tenha tensão ou drama, pelo menos as poucas missões que parecem Call of
Duty são completamente agradáveis.

A campanha de Call of Duty: Modern Warfare II é o elo fraco
do pacote. Felizmente, seus modos cooperativos e multiplayer se saem melhor,
mas deve-se enfatizar que Call of Duty: Modern Warfare II parece incompleto.
Vários recursos básicos, como o Combat Record, modo de jogo Hardcore, as
tabelas de classificação e o rastreamento de desafios de
camuflagem estão faltando, sem sinal de quando eles podem retornar.

Dito isto, o multiplayer ainda é aquela experiência clássica
de Call of Duty, feito com o muito carinho pela Infinity Ward. Isso significa
tiroteio carnudo e cru, com movimento mais pesado e uma visão mais realista de
armas e ambientes. A esse respeito, Call of Duty: Modern Warfare II é
extremamente divertido de jogar e o multiplayer pode ser uma explosão, graças
ao aprendizado que a Infinity Ward teve com alguns de seus erros da última vez.
Pois tudo ali é pregado com o básico no qual já conhecemos, com uma
jogabilidade que continua a ser o rei no seu verdadeiro estilo em uma diversão bem
satisfatória, que é apoiada por uma coleção decente de mapas multiplayer e um
sistema de personalização diferente, mas ainda familiar o suficiente para
manter os jogadores envolvidos. Existe até um bom modo Spec Ops disponível para
ação cooperativa, fazendo com que o jogo tenha um aprimoramento de gráficos, o
que o torna extremamente bonito e funcional em cenas ricamente produzidas. 

Fora ainda que existem outros bons modos de jogo que merecem pontos de atenção, incluindo Team Deathmatch, Invasion, Ground War, Kill Confirmed,
Domination e Search & Destroy. A abordagem da Infinity Ward em alguns grandes
modos de jogo, como Ground War acaba tendo um retorno triunfante ao lado de uma
nova variante en Team Deathmatch e Invasion, pois ambas são distrações
divertidas do típico caos 6v6. Entretanto, o que não é tão divertido são os
novos modos esquecíveis, Prisoner Rescue e Knockout. Infelizmente, este novo
jogo da franquia Call of Duty tende a gastar recursos construindo modos de jogo
que são rapidamente esquecidos enquanto alguns modos clássicos são deixados de
lado, pois teria sido melhor ver o retorno de modos clássicos como Control, Gun Game,
Patrol ou Capture the Flag.

No geral, Call of Duty: Modern Warfare II não é apenas uma
sequência do título que colocou a franquia de volta nos trilhos, mas também
compartilha seu nome com o que continua sendo um dos melhores títulos de Call
of Duty. A Infinity Ward teve sucesso em alguns aspectos, mas onde eles
falharam é possível ser corrigido com futuras atualizações. O modo multiplayer mantém
aquela jogabilidade brutal e contundente, sinônimo fortemente pregado pela
Infinity Ward nos melhores jogos da franquia COD, embora seja bom ter mais
alguns mapas, o retorno e adição de alguns modos em Call of Duty: Modern Warfare II
não torna o game como uma entrada revolucionária na franquia, mas seu multiplayer e co-op fazem
o suficiente para torná-lo mais um agradável jogo com o selo Call of Duty.

Nota: 4/5

Trailer:

A equipe Protocolo XP gostaria de deixar registrado o agradecimento
especial pela parceria com a Activision Brasil (
@Activision) pelo envio da key
para review.

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